eram três prédios. Horríveis. Enormes. por isso resolvera
destruí-los. lera um manual de bombas caseiras da internet e colocou
nos pilares da construção. estrondou e ruiram todos os indesejáveis
gigantes. Não era uma causa, uma ideologia ou um protesto na queda
deles, mas não eram bonitos os blocos de cimento e era próximo a sua
casa. se perguntara brevemente se não era bobagem fazê-lo, se não era
negligenciar um problema conjuntural, e , como de todos só poderia ser
resolvido pelos mesmos, não por um indivíduo. Ou ,quem sabe , do seu ato
adviria um argumento mais elaborado que seria justificado como uma
advertência para o crescimento desenfreado das cidades. Poderia ser tudo
verdade, poderia inclusive ser mentira . mas meu deus , aquilo o
oprimia . era como, um muro que separava do que antes via. uma foice da
experiência do que o horizonte lhe vislumbrava. quem o consultou? quem
perguntou a ele se aquilo era o melhor ?
viu cada edifício subir
como numa caixa de legos e a desmontar de soslaio tudo que lhe imprimira
sua realidade comum,circundante.Por isso teve que dar fim àquilo: que
caísse tudo. mortalha do ressentido? uma negação afirmativa? talvez, mas
o remorso não destruía realmente o seu crânio . Todos os
valores,arquitetura e história devassados talvez levassem a algo
inovador,moderno, e ,talvez, aquele prédio fosse o melhor para uma nova
época, mas não veria esse tempo. Veria só o tempo antigo se arruinando.
que ganharia sendo a favor dele?
Queria o antigo , o reacionário, ainda que fosse um fracasso subsequente a outro. um prédio caído sobre 1000 crescentes.
2012
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